sexta-feira, 1 de junho de 2012

memorias


De volta ao pretérito

Quando ele chegava em casa eu ia correndo abraçar pois estava com muitas saudades esse é meu pai,  ele chegava cansado pois vendia leite em Peixoto de Azevedo ficava ansiosa por sua chegada, pois minha vida no sítio não era fácil juntamente com a mãe ela o judiava muito de nós. Morávamos em uma linda casa cheia de árvores frutíferas ao redor. Ele chegava cansado em casa e ainda tinha tempo de brincar de serra, serra comigo, pegava nós todos no colo, e contava histórias. Eu ficada vislumbrada de felicidade por ter um pai que contava história “da onça e do cabrito” “da onça e do sapo” e outras histórias mais da bíblia. E quando ele o chegava trazia balinhas e sempre falava para nós três irmãos só vai ganhar balinha aquele que tiver bocão, nós abríamos a boca o mais grande possível, ele com um olhar de atenção saía correndo de nós com as balinhas no bolso e nas mãos nós fazíamos a festa gritando e correndo atrás dele, eu via que ele se sentia um paizão, ou seja tinha orgulho de ser pai. Uma vez ele estava chegando do Peixoto , quando escutei um grito, me chamando pra eu ir ate perto da BR 163 quando cheguei lá tinha um anu dentro de uma bacia com água o anu estava molhado e não conseguia voar, e meu pai sabendo o quanto eu gosto de animais fui a primeira a ser chamada. Ele queria apenas me mostrar o bicho mais eu quis levar ele embora, fui correndo lá em casa pegar uma gaiola para levar o anu. Daí ele me ajudou colocou o anu na gaiola e levamos, deixei-o preso, mais quando o anu se secou fui pegar ele e ele me beliscou e eu o soltei e comecei a chorar, pois meu dedo estava sangrando. Minha mãe queria me bater, pois ela não queria que eu brincasse com o animal, mas meu pai com todo amor e carinho do mundo, me pegou no colo enrolou um pano em meu dedo e só assim parei de chorar. Então sempre vou idolatrar meu pai, pois nunca esquecerei o que o mesmo fez não só por mim e pelos meus irmãos também.


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